quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Livro: Religion Without God

Foi publicado o último livro de Ronald Dworkin: Religion Without God (Harvard Press). Dworkin havia preparado o livro a partir de suas Einstein Lectures de 2011 pouco antes de sua morte em fevereiro deste ano. Consistente com o restante de sua carreira, Dworkin defende a objetividade dos valores humanos (entre eles a independência ética de cada indivíduo). Controversas, as teses do livro acompanham os últimos desdobramentos de sua obra, especialmente os argumentos apresentados em Justice for Hedgehogs

Parte do material havia sido publicado na NY Review (e suas ideia foram debatidas por Stanley Fish):





In his last book, Ronald Dworkin addresses questions that men and women have asked through the ages: What is religion and what is God’s place in it? What is death and what is immortality? Based on the 2011 Einstein Lectures, Religion without God is inspired by remarks Einstein made that if religion consists of awe toward mysteries which “manifest themselves in the highest wisdom and the most radiant beauty, and which our dull faculties can comprehend only in the most primitive forms,” then, he, Einstein, was a religious person.
Dworkin joins Einstein’s sense of cosmic mystery and beauty to the claim that value is objective, independent of mind, and immanent in the world. He rejects the metaphysics of naturalism—that nothing is real except what can be studied by the natural sciences. Belief in God is one manifestation of this deeper worldview, but not the only one. The conviction that God underwrites value presupposes a prior commitment to the independent reality of that value—a commitment that is available to nonbelievers as well. So theists share a commitment with some atheists that is more fundamental than what divides them. Freedom of religion should flow not from a respect for belief in God but from the right to ethical independence.
Dworkin hoped that this short book would contribute to rational conversation and the softening of religious fear and hatred. Religion without God is the work of a humanist who recognized both the possibilities and limitations of humanity.
Table of Contents
  • 1. Religious Atheism?
    • Introduction
    • What Is Religion? The Metaphysical Core
    • Religious Science and Religious Value
    • Mystery and Intelligibility
    • Impersonal Gods: Tillich, Spinoza, and Pantheism
  • 2. The Universe
    • Physics and the Sublime
    • How Could Beauty Guide Research?
    • But What Kind of Beauty Could This Be?
    • Symmetry?
    • Is There a Way the Universe Just Is?
    • Inevitability and the Universe
    • The Beauty of Inevitability
  • 3. Religious Freedom
    • The Constitutional Challenge
    • Is Religious Freedom Only about God?
    • Freedom Out of Control?
    • Conflict within Freedom
    • Is There Really a Right to Religious Freedom?
    • The New Religious Wars
  • 4. Death and Immortality

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Entrevista: Francis Fukuyama

Nesta semana Francis Fukuyama esteve na FGV em São Paulo onde apresentou seu artigo "What is Governance?" . Recentemente foi traduzido para o português o primeiro volume do seu mais recente (e talvez mais ambicioso) livro: "As Origens da Ordem Política". Por conta de sua visita, o cientista político deu uma entrevista para as páginas amarelas da revista Veja.

Para o bem, ou para o mal, Fukuyama:


O teórico americano diz que para a vitória definitiva da democracia só falta consertar os Estados falidos

O americano Francis Fukuyama é autor da teoria do fim da história, da qual todo mundo ouviu falar, mas poucos entenderam. Primeiro num artigo publicado quinze anos atrás e depois em livro, ele sustentou que a evolução política da humanidade foi concluída com a morte do comunismo e a vitória da democracia liberal como modelo de governo. Como não há paz nem estabilidade no mundo atual, os críticos concluem que Fukuyama errou. Sua resposta é que o fim da história não é automático, mas um processo que só estará completo com o aprimoramento dos regimes ao redor do globo. Seu último livro,Construção de Estados – Governo e Ordem Mundial no Século XXI, lançado neste ano nos Estados Unidos, trata da importância de criar instituições fortes em nações falidas. Professor de economia política na Universidade Johns Hopkins e membro do conselho que assessora o presidente dos EUA em questões de bioética, Fukuyama, 52 anos, é casado e tem três filhos. De seu escritório em Washington, ele concedeu a seguinte entrevista a VEJA.

Veja – O senhor é autor de uma das teses mais mal interpretadas, a do fim da história. Sua teoria ainda é válida, quinze anos depois?

Fukuyama – A idéia de que existe um "fim da história" era compartilhada pelos marxistas, que acreditavam, como eu, em evolução a longo prazo da sociedade humana. A diferença é que eles achavam que o fim da história seria a vitória da utopia comunista. Depois da queda do Muro de Berlim quase ninguém ainda acredita nisso. Minha tese é que, diferentemente do que pensavam os marxistas, o ponto final da história é a democracia liberal. Não considero plausível imaginar que estávamos no rumo de uma forma mais elevada de civilização. Podemos retroceder ao fascismo, à monarquia ou ao caos puro e simples. Nunca vamos ter, contudo, um modelo de sociedade melhor do que a democracia orientada pela economia de mercado. Essa é a idéia básica de O Fim da História. Nada do que ocorreu desde então, nem mesmo os atentados de 11 de setembro de 2001, mudou isso.


Veja – O embate entre o fundamentalismo islâmico e a cultura ocidental não pode ser considerado uma nova forma de disputa ideológica?

Fukuyama – Poucas pessoas acreditam que a teocracia islâmica seja o caminho para o futuro ou uma alternativa real de governo para os Estados Unidos, o Brasil, a França ou para qualquer outra sociedade moderna. Qualquer um que viveu no Afeganistão, no Irã ou na Arábia Saudita sabe que o regime baseado na ideologia islâmica não é muito atraente.


Veja – Apesar disso, os islâmicos moderados não parecem se esforçar muito em promover mudanças nos países muçulmanos. Por quê?

Fukuyama – Muitos se sentem intimidados e acabam ficando sem disposição para se levantar contra o fanatismo. O mundo muçulmano tem o hábito de culpar os outros por seus problemas, em lugar de assumir responsabilidades. Os muçulmanos moderados não escapam desse vício. Mas é uma questão de tempo. Duvido que a versão mais intolerante do Islã vá triunfar sobre a moderada. No final, tenho certeza, não vamos todos viver sob uma teocracia islâmica. O mais provável é que as teocracias atuais acabem por se transformar em democracias.


Veja – O senhor acredita que um dia todos os países serão democracias?

Fukuyama – Sim, em um futuro distante. O mundo tende a seguir esse caminho. Desde a década de 70 houve grande expansão da democracia liberal. Acredito que existe algo que podemos chamar de progresso histórico, muito lento e que às vezes retrocede. Neste momento estamos vivendo um período bastante perigoso da história. Há instabilidade, desordem e violência. Com certeza mais do que existia dez anos atrás. No curto prazo, teremos de enfrentar perigos sérios. No longo prazo, os conflitos armados vão diminuir à medida que houver mais democracias.



quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Lançamento: "Marx e Habermas" e "A Teoria Crítica de Axel Honneth"

Rúrion Melo (DCP/USP) lança no dia 07 de novembro seus livros "Marx e Habermas: Teoria Crítica e os Sentidos da Emancipação" e "A Teoria Crítica de Axel Honneth: Reconhecimento, Liberdade e Justiça" na Livraria Saraiva do Shopping Paulista em São Paulo. Rúrion é o mais novo professor de teoria política do departamento de ciência política da USP, é pesquisador do Cebrap e está prestes a publicar uma nova tradução para o português do livro "Teoria e Praxis" de Jurgen Habermas. 

Abaixo alguns artigos de Rúrion sobre Marx e a teoria crítica:






terça-feira, 22 de outubro de 2013

Livro: A Companion to Rawls

Novo companion sobre a obra de John Rawls publicado pela Blackwell. O The Blackwell Companion to Rawls conta tanto com verbetes "clássicos" ("estrutura básica", "prioridade da liberdade", "teoria ideal", etc.) como com temas mais amplos envolvendo as relações de Rawls com a economia política e a teoria crítica. Entre os destaques do livro, Samuel Freeman (Basic Structure), Gillian Brock (Human Rights), Gerald Gaus (Political Turn), Jonathan Quong (Public Reason) e Kenneth Beynes (Critical Theory).  

Alguns dos verbetes estão liberados!

- Mandel & Reidy (ed.): "A Companion to Rawls"



It is now more than 10 years since John Rawls died in 2002, at the age of 81, and more than 60 years since his first publication in 1951. Yet, his work continues to occupy a unique and central position in contemporary political philosophy. Over the years it has generated an enormous secondary literature and sparked numerous interpretive and critical debates. The recent publication of Rawls's Princeton undergraduate thesis and his Harvard lectures in moral and political philosophy and the archival processing by Harvard of Rawls's unpublished papers, lectures, letters, annotated books, and so on, have only served further to stimulate interest in and debate over Rawls's work, often raising new questions, reviving debates thought to be settled, and suggesting new ways of understanding Rawls's work. With all this in mind, we were keen to produce with this volume not so much a summary of past scholarly work as a serviceable roadmap for current and future work on Rawls. Accordingly, we asked our contributors to address themselves to the themes and issues that in their view will or should occupy the attention of scholars engaged or likely to engage in this work 


Contents

Introduction - Jon Mandle & David A. Reidy

Part I. Ambitions

1. From Philosophical Theology to Democratic Theory - David A. Reidy
2. Does Justice as Fairness Have a Religious Aspect? [pdf] - Paul Weithman

Part II. Method

3. Constructivism as Rhetoric - Anthony Simon Laden
4. Kantian Constructivism - Larry Krasnoff
5. The Basic Structure of Society as the Primary Subject of Justice - Samuel Freeman
6. Rawls on Ideal and Nonideal Theory - Adam Swift & Zofia Stemplowska
7. “The Choice from the Original Position” - Jon Mandle

Part III. A Theory of Justice

8. The Priority of Liberty - Robert S. Taylor
9. Applying Justice as Fairness to Institutions - Colin M. Macleod
10. Democratic Equality as a Work-in-Progress - Stuart White
11. Stability, a Sense of Justice, and Self-Respect - Thomas E. Hill, Jr
12. Political Authority, Civil Disobedience, Revolution - Alexander Kaufman

Part IV. A Political Conception

13. The Turn to a Political Liberalism [pdf] - Gerald Gaus
14. Political Constructivism [doc] - Aaron James
15. On the Idea of Public Reason [pdf] - Jonathan Quong
16. Overlapping Consensus - Rex Martin
17. Citizenship as Fairness - Richard Dagger
18. Inequality, Difference, and Prospects for Democracy - Erin I. Kelly

Part V Extending Political Liberalism: International Relations

19. The Law of Peoples - Huw Lloyd Williams
20. Human Rights - Gillian Brock
21. Global Poverty and Global Inequality - Richard W. Miller
22. Just War - Darrel Moellendorf

Part VI. Conversations with Other Perspectives

23. Rawls, Mill, and Utilitarianism - Jonathan Riley
24. Perfectionist Justice and Rawlsian Legitimacy - Steven Wall
25. Rawlsian Liberalism versus Libertarianism - Barbara H. Fried
26. The Young Marx and the Middle-Aged Rawls - Daniel Brudney
27. Challenges of Global and Local Misogyny [abstract] - Claudia Card
28. Critical Theory and Habermas - Kenneth Baynes
29. Rawls and Economics - Daniel Little
30. Learning from the History of Political Philosophy - S.A. Lloyd
31. Rawls and the History of Moral Philosophy - Paul Guyer


domingo, 20 de outubro de 2013

EUA e o abismo fiscal

O filósofo Michael Lynch publicou o ensaio "Democracy After the Shutdown" no The Stone no qual associa a crise fiscal norte-americana ao surgimento de uma nova força política (ou "filosofia política") para a qual a própria viabilidade da sociedade norte-americana estaria condicionada aos valores mais elevados do credo republicano. A tentativa de "quebrar" o governo federal adversário não seria apenas um expediente político extemporâneo mas a própria estratégia republicana contra um governo democrata ilegítimo. Partindo das ideias de Margaret Gilbert sobre obrigação e filiação política, Lynch sustenta que regimes democráticos dependem do conhecimento partilhado de que todos participam da mesma comunidade política para sobreviverem.

Existem limites morais para barganhas políticas?

[...]

But even if the social contract idea is wrong as a theory of specific political obligations generally, it is helpful on one point at least. It is hard to imagine a functioning democratic institution most of whose members, at least, aren’t jointly committed to keeping the democracy running even when there is disagreement over which direction it should travel.

To repeat, it is not the shutdown itself that threatens the unraveling of our being jointly committed in this way. The government has shut down before and survived. Nor is the breakdown in normal legislative negotiations — because one side has, as it were, left the dance floor. It has to do with the fact that it is no longer common knowledge among the citizens of this country — left, right and center — that most everyone is willing to act together as a single political society. The real damage is caused by the idea that that our current democratic form of government should be shuttered. For that raises the question of whether it should be around at all. And once people begin to wonder whether the government is something that other citizens are taking seriously — even if they aren’t — the idea that we are all in this together can vanish.


(O Estado de S. Paulo publicou um infográfico útil para aqueles que querem entender melhor a genealogia da crise nos Estados Unidos).  





sábado, 19 de outubro de 2013

Livro: "Society of Equals"

Foi publicado pela Harvard Press "The Society of Equals" (trad. Arthur Goldhammer) livro no qual o historiador e teórico político francês Pierre Rosanvallon (College de France) enfrenta os desafios da desigualdade social nas democracias contemporâneas. Segundo Rosanvallon, uma sociedade mais igualitária é a melhor (ou talvez a única) resposta para a crise dos valores políticos nos países europeus. Em particular o livro destaca os efeitos nocivos da desigualdade (estratificação social. segregação espacial, etc.) para as relações sociais entre cidadãos democráticos. 

Algumas das ideias presentes no livro foram desenvolvidas pelo autor em sua conferência "Rethinking Equality in an Age of Inequality" de 2001. A conferência pode ser assistida aqui.




The Society of Equals 
Pierre Rosanvallon

Since the 1980s, society’s wealthiest members have claimed an ever-expanding share of income and property. It has been a true counterrevolution, says Pierre Rosanvallon—the end of the age of growing equality launched by the American and French revolutions. And just as significant as the social and economic factors driving this contemporary inequality has been a loss of faith in the ideal of equality itself. An ambitious transatlantic history of the struggles that, for two centuries, put political and economic equality at their heart, The Society of Equals calls for a new philosophy of social relations to reenergize egalitarian politics.

For eighteenth-century revolutionaries, equality meant understanding human beings as fundamentally alike and then creating universal political and economic rights. Rosanvallon sees the roots of today’s crisis in the period 1830-1900, when industrialized capitalism threatened to quash these aspirations. By the early twentieth century, progressive forces had begun to rectify some imbalances of the Gilded Age, and the modern welfare state gradually emerged from Depression-era reforms. But new economic shocks in the 1970s began a slide toward inequality that has only gained momentum in the decades since.
There is no returning to the days of the redistributive welfare state, Rosanvallon says. Rather than resort to outdated notions of social solidarity, we must instead revitalize the idea of equality according to principles of singularity, reciprocity, and communality that more accurately reflect today’s realities.

  • Introduction: The Crisis of Equality
  • 1. The Invention of Equality
  • 2. The Pathologies of Equality
  • 3. The Century of Redistribution
  • 4. The Great Reversal
  • 5. The Society of Equals: A Preliminary Outline

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Bolsa de pós-doutorado: Diversitas USP

O Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos (Diversitas) da USP abriu seleção para 1 bolsa de pós-doutorado (CAPES)  para o período de até dois anos.

Um resumo do edital segue abaixo:

Edital de Abertura para inscrições de seleção de 1 (uma) vaga para bolsa de Pós- Doutorado junto ao Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar “Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades”

Poderão inscrever-se candidatos portadores do Titulo de Doutor obtido em Instituições credenciadas no Brasil ou no Exterior na área de humanidades. Os documentos necessários são os seguintes:

1) Projeto de Pesquisa contendo resumo, objetivos, justificativa, metodologia, bibliografia e cronograma;
2) Curriculum Vitae atualizado (modelo Lattes CNPq);
3) Cópia do diploma de doutor;

4) Cópia de um artigo publicado ou capítulo da tese.

Os documentos de inscrição deverão ser entregues no Diversitas, Av. Professor Lineu Prestes, 159 Casa de Cultura Japonesa Subsolo- Cidade Universitária Butantã São Paulo SP. CEP 05508-900 ou por Correio comum ou Eletrônico diversitas@usp.br. Período de Inscrição: de 21-10 a 30-10-2013.

Início da vigência da bolsa: 05-12-2013.

O processo seletivo constará de análise da documentação apresentada e entrevista com os candidatos, em data a ser informada posteriormente.

O resultado será divulgado pelo Comitê Avaliador, em data a ser definida no site do Núcleo www.diversitas.fflch.usp.br e por e-mail aos candidatos selecionados.


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Seminário "500 anos d'O Príncipe"

O Departamento de Ciência Política da USP organiza entre os dias 30 e 31 de outubro o seminário internacional "500 anos d'O Príncipe", dedicado ao pensamento de Maquiavel. Entre os participantes estarão Eunice Ostrensky, Newton Bignotto, Marcelo Jasmin, Eduardo Rinesi e Diego von Vacano. 





terça-feira, 15 de outubro de 2013

Algumas visões sobre a tragédia de Lampedusa

As duas tragédias ocorridas próximo à ilha de Lampedusa acirram ainda mais o debate sobre imigração e cidadania na União Européia. Para além da crise humanitária (mais de 320 imigrantes africanos morreram nas últimas duas semanas, em sua maioria refugiados dos conflitos na Síria ) está em pauta o modo como a Itália e os demais países da fronteira européia lidam com os fluxos migratórios, por exemplo através de campos de detenção arbitrária e impondo barreiras legais ao auxílio humanitário. 

lampedusa-580.jpg

foto por Alixandra Fazzina/Noor/Redux







quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Lançamento: "Political Emotions"

Saiu o livro novo de Martha Nussbaum (Chicago): "Political Emotions: Why Love Matters for Justice". No livro, Nussbaum (famosa pelos seus trabalhos em ética antiga) investiga o papel dos sentimentos coletivos e da moralidade pública na promoção da boa sociedade. A própria ideia de religião cívica chega a ser revisitada pela autora. Veja também a conferência "Not for Profit: Why Democracy Needs the Humanities" na qual Nussbaum procura nos convencer sobre a importância dos estudos humanistas para uma sociedade democrática.  





How can we achieve and sustain a “decent” liberal society, one that aspires to justice and equal opportunity for all and inspires individuals to sacrifice for the common good? In this book, a continuation of her explorations of emotions and the nature of social justice, Martha Nussbaum makes the case for love. Amid the fears, resentments, and competitive concerns that are endemic even to good societies, public emotions rooted in love—in intense attachments to things outside our control—can foster commitment to shared goals and keep at bay the forces of disgust and envy.

Great democratic leaders, including Abraham Lincoln, Mohandas Gandhi, and Martin Luther King, Jr., have understood the importance of cultivating emotions. But people attached to liberalism sometimes assume that a theory of public sentiments would run afoul of commitments to freedom and autonomy. Calling into question this perspective, Nussbaum investigates historical proposals for a public “civil religion” or “religion of humanity” by Jean-Jacques Rousseau, Auguste Comte, John Stuart Mill, and Rabindranath Tagore. She offers an account of how a decent society can use resources inherent in human psychology, while limiting the damage done by the darker side of our personalities. And finally she explores the cultivation of emotions that support justice in examples drawn from literature, song, political rhetoric, festivals, memorials, and even the design of public parks.

“Love is what gives respect for humanity its life,” Nussbaum writes, “making it more than a shell.” Political Emotions is a challenging and ambitious contribution to political philosophy.


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Larmore: "What's Political Philosophy?"

Novo artigo de Charles Larmore (Brown). Em "What's Political Philosophy?Larmore apresenta  diferentes métricas para a separação entre os objetivos e os métodos da filosofia moral, de um lado, e os da filosofia política, de outro. Particularmente, são analisadas as teses de Gerald Cohen e Bernard Williams sobre a questão. Larmore ficou conhecido por seu trabalho "Patterns of Moral Complexity", no qual desenvolveu uma nova formulação da ética do discurso, como também por combinar os métodos da filosofia analítica com os problemas clássicos do idealismo alemão. 

- Larmore: "What's Political Philosophy?"


Abstract

What is political philosophy’s relation to moral philosophy? Does it simply form part of moral philosophy, focusing on the proper application of certain moral truths to political reality? Or must it instead form a more autonomous discipline, drawing its bearings from the specifijically political problem of determining the bounds of legitimate coercion? In this essay I work out an answer to these questions by examining both some of the classical views on the nature of political philosophy and, more particularly, some recently published writings by Bernard Williams and G.A. Cohen. 


domingo, 6 de outubro de 2013

Artigo premiado de Thomas Pogge

O filósofo e diretor do Programa de Justiça Global de Yale Thomas Pogge  foi premiado pelo Kavka Prize pelo melhor artigo de filosofia política do biênio 2012-2013. Pogge é famoso por luta pela redução da desigualdade de riqueza global (ver as diretrizes do Programa de Justiça Global fundado por Pogge). De acordo com as regras do prêmio, além dos simbólicos $500 (!!) a APA dedicará um simpósio inteiro sobre o autor.