terça-feira, 24 de outubro de 2017

Livro: Justiça, Teoria Crítica e Democracia (NEFIPO)

O Núcleo de Ética e Filosofia Política (NEFIPO) da UFSC acaba de publicar, em edição on-line, a coletânea Justiça, Teoria Crítica e Democracia, organizada por Denilson Werle et alii. O livro é resultado dos trabalhos apresentados nos workshops de teoria e filosofia política anualmente organizados pelo grupo de pesquisa em Florianópolis e, como explicam os organizadores e organizadoras da edição, o livro está estruturado em quatro eixos temáticos: crítica social, democracia, justiça e eticidade democrática. O livro pode ser acessado íntegra aqui e no link abaixo:






Sumário
Os sentidos da justiça em Habermas e seu fundamento na deliberação
Alcione Roberto Roani
Educação, justiça social e políticas de reconhecimento: o programa Bolsa Família
Carline Schroder Arend
Notas sobre humilhação institucional: Rawls, Margalit e Nussbaum
Diana Piroli
Tolerar é ofender? A tolerância como reconhecimento e emancipação a partir do pensamento político de Rainer Forst
Edegar Fronza Junior
Como conciliar a razão pública e os valores religiosos? Uma resposta pragmática para a questão
Evânia E. Reich
Fragilidades estruturais da democracia constitucional: entre crises capitalistas e ajustes burocráticos
Ivan Rodrigues
Justiça social e conflitos sociais: O debate Fraser & Honneth
Jorge Armindo Sell
Juridicidade, judicialização e justicialização: entre o direito positivo e a justiça
Jovino Pizzi
Justificação pública e tolerância entre doutrinas abrangentes e razoáveis: A religião na esfera pública em Rawls
Julio Tomé
Igualdade e respeito deliberativo
Lucas Petroni
O comunitarismo e a educação: algumas considerações
Marcos Rohling
A contraposição entre justiça distributiva e justiça procedimental: um aparente dilema democrático
Nunzio Ali
Constitucionalismo e obrigação política de uma perspectiva intergeracional
Pedro Marques Neto
Eticidade, sofrimento e trabalho: repensando a teoria da alienação a partir da luta por reconhecimento
Ricardo Rojas Fabres
Três modelos de democracia republicana
Ricardo Silva
Esfera pública e cultura política: hipóteses de investigação sobre as novas mobilizações sociais no Brasil
Rurion Melo
Notas para uma teoria crítica da justiça
Denilson Luis Werle
Reflexões sobre o papel e o lugar da inveja na estrutura da teoria da justiça como equidade  
Raquel B. Cipriani Xavier

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Ethics: 25 anos de O Liberalismo Político

A última edição da Ethics trouxe uma seção especial com cinco artigos dedicados ao legado de O Liberalismo Político de John Rawls, que completou 25 anos de publicação em 2016. Com a publicação de O Liberalismo Político, Rawls sintetizava quase duas décadas de trabalhos após a publicação de Uma Teoria da Justiça (1971). O livro divide as opiniões da comunidade filosófica até hoje. Para alguns(mas), trata-se de uma capitulação da teoria normativa frente às exigências do realismo político, para outros, a obra teria mudado radicalmente o modo de conceber a própria filosofia política no interior de uma sociedade democrática. Fazem parte da coletânea rawlsianos e rawlsianas, como Paul Weithman, Rainer Forst, e Erin Kelly, e autores críticos do legado de Rawls, como Gerald Gaus. Alguns dos artigos podem ser acessados abaixo.







Andrew I. Cohen

Erin I. Kelly

Liberal political philosophers have underestimated the philosophical relevance of historical injustice. For some groups, injustices from the past—particularly surrounding race, ethnicity, or religion—are a source of entrenched social inequality decades or even hundreds of years later. Rawls does not advocate the importance of redressing historical injustice, yet political liberalism needs a principle of historical redress. Rawls’s principle of fair equality of opportunity, which is designed to prevent the leveraging of class privilege, could be paired with a supporting principle of historical redress that would contend with partiality and bias in open access to positions.


Paul Weithman

Rawls says in Political Liberalism that “the focus of an overlapping consensus is [more likely to be] a class of liberal conceptions” than a single one. In conceding that members of the well-ordered society are unlikely to live up to justice as fairness, Rawls would seem to have conceded that they are also unlikely to live autonomously. This is exactly the conclusion some commentators have drawn. I contend that the likelihood of “reasonable pluralism about justice” does not have the implication for Rawls’s project that it is said to have: political autonomy remains available even when such pluralism obtains.


Rainer Forst

This article suggests a Kantian reading of Rawls’s Political Liberalism. As much as Rawls distanced himself from a presentation of his theory in terms of a comprehensive Kantian moral doctrine, we ought to read it as a noncomprehensive Kantian moral-political theory. According to the latter approach, the liberal conception of justice is compatible with a plurality of comprehensive doctrines as long as they share the independently defined and grounded essentials of that conception of justice—that is, as long as they are “reasonable,” to use the term that does most of the Kantian work.

Gerald GausChad Van Schoelandt

As we read his work, John Rawls was developing an innovative approach to political philosophy, and Political Liberalism struggles with different ways to model these new insights. This article presents four models of political liberalism, particularly focusing on understanding the nature of overlapping consensus and its relation to public reason. Beyond clarifying Rawls’s insights, we aim to spur readers to reassemble the rich elements of Political Liberalism to produce tractable and enlightening models of political life among free and equal citizens under conditions of deep diversity to advance the public reason project.

John Skorupski

This article offers a critique of John Rawls’s great work, Political Liberalism, from a non-Rawlsian liberal standpoint. It argues that Rawlsian political liberalism is influenced as much by a comprehensive view I call “radical-democracy” as by comprehensive liberal views. This can be seen in Rawls’s account of some of political liberalism’s fundamental ideas—notably the idea of society as a fair system of cooperation, the “liberal” principle of legitimacy, and the idea of public reason. I further argue that Rawls’s impressive attempt to unify liberal and democratic traditions philosophically obscures the prudent liberal attitude to democracy, which remains sound.


segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Feminismos, Gênero e Relações Internacionais (Revista Monções)

A Revista Monções, ligada ao Programa de Relações Internacionais da UFGD, publicou uma edição especial dedicada aos encontros teóricos e metodológicos das Relações Internacionais com as teorias feministas. Além de artigos sobre direitos humanos, feminismo decolonial, a trajetória de mulheres na carreira diplomática e um balanço sobre as contribuições epistemológicas trazidas pela teoria feminista, a edição traz também uma entrevista com J. Ann Tickner, uma das primeiras pesquisadoras nas RI a propor uma aproximação teoricamente consistente com à literatura feminista. Os artigos e a entrevista podem ser encontrados nos links abaixo.






ENTREVISTA


ARTIGOS DOSSIÊ - FEMINISMOS, GÊNERO E RELAÇÕES INTERNACIONAIS



Raissa Wihby Ventura, Raquel Kritsch

Ana Paula Maielo Silva, Monique de Medeiros Linhares, Rachel Emanuelle Lima Lira Farias de Melo

Elena de Oliveira Schuck

Júlia Machado Dias, Élton de Mello Arcângelo

Claudia Santos, Alexsandro Eugenio Pereira

Manuella Riane Azevedo Donato

Patrícia Nabuco Martuscelli, Augusto Leal Rinaldi, Augusto Leal Rinaldi

Mariana Cockles Teixeira, Andrea Quirino Steiner

Luciana Brandão, Ticiana Amaral, Douglas Fabian Euzebio, Airton Gregório

Xaman Minillo, Bianca Mendes, Luiza Bandeira, Rebeca Lages

Manuela Lavinas Picq, Xaman Minillo, João Nackle Urt