Do blog de filosofia The Stone: dois textos que discutem o legado filosófico de Wittgenstein, especialmente em quanto ao seu papel normativo.
Paul Horwich sintetiza os argumentos de seu novo livro sobre o filósofo austríaco - Wittgenstein's Metaphlosohy. De acordo com Horwich, conceitos aparentemente fundamentais como "verdade" não seriam passíveis de sistematizações filosóficas justamente porque admitem usos linguísticos distintos (e até mesmo contraditórios) em nossa linguagem.
Michael Lynch contesta a interpretação metafilosófica de Horwich na qual a filosofia "deixa tudo como está". Ao contrário, conceitos como verdade e direito são fundamentais para intervirmos racionalmente no mundo:
[...]
I think philosophy can play a more radical role. Return to our fly. Wittgenstein was not the first to compare the philosopher to one, nor the most famous. That award goes to Socrates, who claimed that the role of the philosopher was to act as a gadfly to the state. This is a very different metaphor. Leaving the world as it is isn’t what gadflies do. They bite. As I see it, so can philosophers: they not only describe how we think, they get us to change our way of thinking — and sometimes our ways of acting. Philosophy is not just descriptive: it is normative.
This is most obvious with ethical questions. Locke’s view that there are human rights, for example, didn’t leave the world as it was, nor was it intended to.