segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Habermas em português!

É com muito prazer que divulgamos o lançamento da tradução brasileira de Na Esteira da Tecnocracia no último mês de janeiro. O lançamento é concomitante, portanto, ao lançamento da versão em inglês! 

O livro de ensaios de Habermas é  dedicado aos dilemas da política européia (ver o post Habermas e a sedução tecnocrática), conta com a tradução de Luiz Repa (USP) e faz parte da coleção das obras completas de Habermas organizada pela Editora UNESP. É reconfortante saber que além dos livros clássicos já traduzidos pela coleção - tais como Teoria e Práxis (por Rurion Melo) e Mudança Estrutural da Esfera Pública (por Denilson Werle) - contamos também com um dos trabalhos mais recentes de Habermas traduzido por um especialista em sua filosofia. Agradeço a Rurion Melo pela indicação!

- Habermas: "Na esteira da tecnocracia" (Ed. UNESP)




Sinopse:

Os 14 ensaios que constituem esta obra, a 12ª da sériePequenos escritos políticos, contribuem para o reconhecimento de Jürgen Habermas como intelectual público no Brasil. No país, a maior parte de suas análises da conjuntura social e política e avaliações sobre o estado da democracia na Europa ou no mundo permanecem praticamente desconhecidas do público, principalmente por estarem disponíveis apenas em alemão.

Na série, o filósofo se debruça sobre a última meia década da história da mentalidade alemã, ao “fixar-se” sobre a cena nacional, quer da antiga, quer da expandida República Federal Alemã. E sua área de abrangência amplia-se enquanto se desencadeiam eventos como o atentado de 11 de setembro de 2001, a Guerra no Iraque e a divisão do Ocidente, que se refletem sobre a autocompreensão nacional em meio a questões relativas à nova ordem mundial e à unificação europeia.

Os assuntos europeus continuam presentes neste volume. Agora, escreve Habermas, porque “a crise dos bancos e das dívidas públicas, que repercute na economia real, desafia a Alemanha a dar um passo qualitativamente novo rumo a um Núcleo Europeu politicamente unido”.

O tema é aqui complementado por artigos que vão além do momento atual. Os três primeiros textos do livro retomam a relação entre judeus e alemães, assunto que, diz o filósofo, “toca nos nervos mais sensíveis de nossa autocompreensão política”.  O volume traz ainda a série de discursos de agradecimentos e de elogios de Habermas, sobretudo de instantâneos de amigos e colegas.